terça-feira, novembro 03, 2009

# PORTO POSITIVO/NEGATIVO # ACTO III

ACTO III - A cena é a mesma, o cenário idem, tal como os adereços, enfim, condições ideiais para o mais que contínuo, o progressivo, "Aparolamento do Porto", não sei se com as aspas, mas em Maiúsculas, com toda a certeza, sim senhor! E não é somente o "Aparolamento Cultural do Porto", é o "Aparolamento do Porto", que é coisa mais abrangente e mais vasta, lá estaremos (com mais ou menos resistência, igual dose de estoicismo, lá ou cá, onde o complemento circunstancial de lugar nos conceder os azimutes) para ver o que sobra.

Senhores eleitores, vocês lá sabem.. é a Democracia! Sabemos disso e podem até dizer que é "mau perder", bom, até pode ser, e é um facto que as alternativas não eram estimulantes, todos o sabemos. Conquanto que neste caso quem ficou a perder foram todos aqueles que gostam do Porto e não a oposição em si mesma, naquilo que de partidário ou político isso consubstancia.

Com este intróito, ainda haverá motivos para "fazer flores"? Sim, com toda a certeza, antes de assumirmos aquela caracteristica tão lusitana, que no Porto por algum motivo se acentua, e que é a de "bater no ceguinho", e não satisfeitos com isso, ainda lhe concedermos a honra do pontapé final, quando este está moribundo! O melhor é mesmo arejar, ir até ao Jardim Botânico. Embora mais de cinquenta por cento dos portuenses, dos que vivem na cidade ou nas periferias, não saibam sequer da existência do lugar. É no âmbito desta rubrica um Positivo, no que de Negativo ainda lhe possamos apontar: é um convite a saborear o bucolismo raro no seio do ambiente citadino. Os cheiros espalham-se pelo espaço, mas há alguma incomodidade em senti-los na fruição plena de um apelo aos sentidos. Há ruído, onde devia existir silêncio, mas há Sophia nos jardins. E estufas degradadas que não se incomodam de testemunhar o porte frondoso de espécies arvóreas que pintalgam de verde o horizonte. Uma casa a padecer da doença da indiferença e a necessitar de ir aos cuidados intensivos...E apesar de tudo, gosta-se de lá estar.

João Fernando Arezes

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